Árvores
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Plantando árvores, dependendo da função
Quebra-vento Árvores e arbustos plantados de maneira correta bloqueiam ou filtram as correntes de ar, protegendo a casa, as plantações e os animais de ventos que às vezes sopram com forte intensidade como os vindos do sul ou noroeste. Para desviá-los, deve-se formar barreiras: primeiro uma fileira externa de vegetação mais baixa (arbustos ou árvores bem pequenas); depois uma fileira intermediária que atinja cerca de 2 m acima da primeira, com árvores de porte médio; e por fim uma fileira de grandes árvores, formando a parte mais alta do quebra-vento. O espaçamento entre as linhas vai de 3 a 4 m e o espaçamento entre as plantas é de 2 a 4 m para as árvores da primeira e segunda fila e de 3 a 8 m para as árvores mais altas. Alguns exemplos de árvores que se dão bem nessa função: Exóticas • Para a fileira externa: resedá (Lagerstroemia indica), grevílea–anã (Grevilea banksii); • Para a fileira do meio: casuarina (Casuarina stricta), cedrinho (Cedrus lusitania), grevílea- robusta (Grevilea robusta), amoreira (Morus nigra); • Para a fileira alta: eucaliptos em geral (Eucalyptus spp.), cinamomo (Melia azedarach), bambú (Bambusa vulgaris). Nativas • Para a fileira externa: maria-mole (Dendropanax cuneatum); capororoca-ferrugem (Rapanea ferruginea); suinã (Erytrina mulungu); • Para a fileira do meio: peroba-poca (Aspidospermacylindrocarpon); primavera-arbórea (Bougainvillea glabra); quaresmeira (Tibouchina granulosa); • Para a fileira alta: monguba (Pachira aquatica); aldrago (Pterocarpus violaceus). Cercas-vivas Servem para manter a privacidade de alguns espaços e delimitar qualquer caminho. Substituem muros e, nas áreas de horta ou criação animal, substituem as cercas de arame. Para esse fim, o charme pode ficar a cargo de algumas espécies nativas que por seu porte pequeno ou médio, e sua bela floração, têm todas as condições de servirem como “cerca”. Além disso, os pássaros vão adorar seus frutos e as abelhas certamente terão uma boa fonte de néctar. Algumas sugestões: pitanga (Eugenia uniflora); araçá-roxo e araçá-amarelo (Psidium cattleianum e Psidium myrtoides); guaçatonga (Casearia sylvestris); manacá-de-minas (Tibouchina sellowiana); espinho-de-jerusalém ( Parkinsonia aculeata). Alamedas Na estrada de acesso à casa ou nas trilhas para passeios à pé, a sombra garantida por árvores plantadas dos dois lados proporciona beleza e bem-estar. No caso da entrada do sítio, o plantio de árvores nativas mostra a quem chega um pouco da fisionomia da região. As alamedas de araucárias no sul ou de coqueiros no cerrado são dois bons exemplos de utilização de vegetação local em alamedas. Se for optar por árvores exóticas, um caminho de eucaliptos plantados de maneira uniforme sempre tem um ótimo impacto visual. Em qualquer caso é sempre bom consultar um viveirista para saber o melhor espaçamento – muito distantes entre si as árvores não chegam a fechar o caminho; muito próximas, correm o risco de não desenvolverem favoravelmente. |
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Palmeira-azul – (Bismarckia Nobilis)
A Palmeira-azul é da família Palmae e pode chegar até 25 m de altura e 3,5 m de diâmetro. Planta de clima tropical e subtropical que se adapta bem em solos pobres. Suas flores aparecem mais na estação da Primavera e Verão. Essa belíssima planta consegue criar frutos férteis até mesmo na ausência da planta masculina. De uma beleza espetacular, essa palmeira exótica é muito procurada por paisagistas para suas composições. Seu efeito é escultural e impactante, tornando-se invariavelmente, um ponto focal no jardim. E o mais interessante, é que a planta jovem já é capaz deste efeito, pois sua copa é bastante ampla mesmo com pouca altura. Ideal para jardins amplos, contemporâneos ou tropicais. Também pode ser cultivada em grupos ou linhas, com excelente efeito. Para o seu desenvolvimento e apreciação, precisa de espaço de no mínimo 8 metros de diâmetro. A mesma medida deve ser tomada para espaçamento entre mudas. Deve ser cultivada sob sol pleno, em solos bem drenáveis, enriquecidos com matéria orgânica e irrigados regularmente. Após o pleno estabelecimento é capaz de tolerar períodos de estiagem. Mesmo assim, recomenda-se a irrigação suplementar, que estimula o rápido crescimento desta espécie. Ao contrário da maioria das palmeiras, a palmeira-azul pode ser conduzida sob sol pleno mesmo que seja jovem. Aprecia o clima tropical e o subtropical, adaptando-se a ambientes úmidos ou secos. Também suporta as geadas e o fogo, podendo ficar queimada, mas rebrotando em seguida. Pouco tolerante a transplantes depois de adulta. Prefira transplantar mudas jovens e evite ao máximo mexer nas raízes. Multiplica-se por sementes oriundas de frutos recém colhidos e despolpados, plantadas em seguida em saquinhos contendo substrato arenoso e mantido úmido. A germinação ocorre entre 6 a 8 semanas. |
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Eucalipto Citriodora – (Eucalyptus citriodora)
O Eucalipto Citriodora (Eucalyptus citriodora) também é conhecido como Cheiroso por causa do perfume de citrus que exala das folhas. Ocorre no Brasil principalmente nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Bahia, Maranhão, Pernambuco e Paraíba. Ao redor do mundo podemos encontrar esse tipo de Eucalipto na Austrália, Portugal, África do Sul, Zimbábue, Ruanda, Tanzânia, Malawi, Quênia, Tailândia, Indonésia e China. Apresenta ótima durabilidade natural e tratabilidade química. Altamente resistente ao apodrecimento é excelente para serraria, no entanto, requer o uso de técnicas apropriadas de desdobro para minimizar os efeitos das tensões de crescimento. Apresenta boas características de aplainamento, lixamento, furação e acabamento o que o torna ideal para a confecção de móveis. Sua madeira é muito utilizada para: construções , estruturas , caixotaria , postes , dormentes , mourões , lenha e carvão. O Eucalipto citriodora é a espécie mais utilizada na exploração comercial de folhas para a extração de óleo, que é muito cheiroso. O que provoca esse cheiro é um composto químico chamado citronenal. O óleo das folhas é muito usado em saunas, como fixador de perfumes, na mistura com desinfetantes e como aromatizante de bebidas e balas com sabor de eucalipto. |
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Casuarina – (Casuarina equisetifolia)
Casuarina equisetifolia é um membro da família Casuarinaceae, é uma árvore perene com aparência de pinheiro. A árvore pode atingir alturas de até 50 m, com um diâmetro de até 18 cm, no entanto, ela geralmente só atinge 15 a 25 m de altura. A Casuarina foi muito utilizada pelos aborígines australianos para a fabricação de bumerangues e os colonizadores europeus utilizavam sua madeira para fazer assentos. Também é muito utilizada em construções rurais como cercas, mastros e remos, cangas, bengalas, para pernas de piano, telhas, compensados e esquadrias A casuarina foi extensivamente cultivadas para controle de erosão, combustível, e como quebra-vento. A casca, usada para curtimento de couro, torna-o flexível e macio. Além de sua capacidade de elevar o nível de nitrogênio no solo, quando cultivado em agricultura de rotação ou em aterros rodoviários de estabilização, mas também produz madeira de boa qualidade de alto valor energético. Na medicina popular a casuarina é muito utilizada como: diurético, adstringente, laxante, tônica, excelente para amenizar cólicas, tosse, diarréia, disenteria, dor de cabeça, nervos, espinhas, feridas, dor de estômago, inchaço e dor de dente. |
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